sexta-feira, 8 de agosto de 2008
O Grande Dave
O Grande Dave (Meet Dave), 2008. EUA. 20th Century Fox Film Corporation. De Brian Robbins
As roupas de Eddie Murphy não enganam, essa comédia está fora do seu tempo, de sua década. Embora os trajes de Dave sejam dos anos 70, o filme nos remete às comédias dos anos 80 saborosamente inverossímeis. Quando criança, lembro de ter assistido a história de um príncipe africano que decide partir do seu país e rumar para a América em busca do verdadeiro amor. Cavaleiro em reino distante e que acaba por encontrar sua princesa em uma selva de concreto. Contos de fadas contemporâneos...
Dessa vez temos uma nave com formato humano, pilotada por pequenos alienígenas, que decide aterrizar no solo nova-iorquino para encontrar a solução para a ameaça que paira sobre seu planeta de origem. A nave em questão é Eddie Murphy, andróide totalmente interativo, controlado por uma disciplinada tripulação sob a batuta do Capitão, interpretado por esse mesmo ator.
O filme só funciona por causa do protagonista que com suas gesticulações e caretas dão o tom a essa comediazinha familiar. A sugestão é sentar na frente da telona com um balde de pipoca e se deixar enredar por uma história previsível, mas com bons momentos de fantasia e humor, além daquela nostalgia dos anos perdidos.
Esses minúsculos visitantes, vindos do planeta Nilly, buscam um equipamento extraviado que porá um fim as suas angústias, mas o contato com as emoções humanas os influencia, colocando em risco a hierarquia interna e o sucesso da missão. O filme rende bons momentos, oportunidade para Eddie Murphy se mostrar em forma e lembrar que esse gênero ainda vive, mesmo que agonizante. O roteiro fica no convencional, martelando a importância da individualidade humana, da criatividade e da beatitude da família, com “críticas” tão inexpressíveis que soam gratuitas (bem ao gosto de vinte e tantos anos atrás).
Piadas tendendo a escatologia e referências pops (algumas de difícil identificação para nós brasileiros) marcam a presença do humor contemporâneo. O desenlace não resolve os problemas levantados ao longo da projeção, mas finalizam com um efeito sentimentalóide, que pode até agradar o telespectador, mas em contrapartida revela as fraquezas do roteiro.
O Grande Dave não é de todo mal, quando chegar à telinha há de ser valorizado e até apreciado. Uma boa opção para depois da novela das oito, incluindo aí os intervalos comerciais.
Cotação: regular
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2 comentários:
Uê,zero estrela para o TDK e três estrelas para O grande dave? Vai criticar a puta que o pariu...
Tá bom, tá bom. Zero estrelas para este também... David-son
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