Uma ideia interessante na cabeça (de vento).
Vamos fazer um filme claustrofóbico? Mas tem que ser desastre! Um avião em queda! Um avião em queda submergido na água! Sobreviventes dentro de uma bolha de ar no avião precariamente equilibrado no precipício subaquático! Aos poucos o avião se afunda rumo ao abissal profundo. Acho que está inviável o suficiente para que alguém escape com vida, mas que tal se colocarmos tubarões famintos invadindo o avião?
Hey! Not Snakes! But Sharks on the plane!
Um pouco de catástrofe, um pouco de suspense. Convenhamos, o filme certamente é um desastre aéreo. Várias leis da física e do senso comum quebradas. Suspenda a descrença e talvez você possa se divertir com história de um avião dentro d’água e a consequente e enfadonha luta rumo à superfície do autoconhecimento... Personagens unidimensionais interpretados por atores monocórdicos.
[Vai dar trabalho nadar de volta à superfície heim?]
O efeito de totalidade e a possibilidade de roer as unhas (não importa o absurdo) é útil para lembrarmos o amor que temos pelo cinema. O roteirista deve ter desafiado a si próprio em criar uma situação na qual não fosse possível tirar os personagens com vida (ou com os tímpanos estourados por causa da pressão). Aí ele nos aparece com uma solução frouxa e chocha, risinho amarelo entre os dentes.
Mas não dá para reclamar, o avião cai praticamente inteiriço no oceano criando um safe space para meia dúzia de escolhidos. Aviso do comandante da cabine: atenção espectadores, toda picaretagem poderá ser recompensada no reino de deus... deus o Poseidon.
Olha ele aí de novo, de novo não. Agora é um avião. Bem, eles se reinventam...
Cotação: ☕
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