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domingo, 9 de março de 2008
As Branquelas
As Branquelas (White Chicks), 2004. EUA. De Keenan Ivory Wayans
Dois policiais negros se disfarçam em garotas brancas, as típicas “patricinhas”, pertencentes às classes mais abastadas. Objetivo: prender os vilões, os criminosos, os infratores e por aí vai...
Comédia, excelente comédia. Não há nada mais engraçado do que ver um negro fingindo ser um(a) branco(a). Comédia, excelente comédia.
Eu não ri, pois estava mais preocupado em entender a segregação étnica americana. É motivo de piada ver um negro se fingindo de branco.
O momento em que os dois agentes, disfarçados de garotas, dançam “hip hop” na boate é imperdível. Brancas dançando música de negro, pura chacota.
Ri demais.
Também temos outro personagem negro, o atleta típico: musculoso, machista e sem cérebro – cujo objetivo de vida são os afairs (adoro meus eufemismo) com as mulheres brancas. Muito engraçado, morri de rir. Comédia da boa.
A quantidade de filmes norte-americanos sobre troca de identidades, seja envolvendo gênero ou etnia, é bem sugestiva. Dentro de uma vida consumista, o novo é tudo, a experimentação é a diretriz principal, almejam-se novas identidades, a quantidade de cirurgias plástica que o diga. Em um filme, é o jovem que vira velho, em outro é o homem que vira mulher, ainda temos o caso em que se transforma em um animal, isso sem lembrar as trocas de posições sociais (de mendigo a presidente).
No presente caso, somos agraciados com duas mudanças, de homem para mulher, de negro para branco. Não vou discutir o racismo americano, pois já virou clichê. Michael Jackson surge como o símbolo máximo dessa era; a referência ao seu nome já resume a discussão por si só.
Como comédia o filme não se realiza, mas sugiro outra categoria ... trash.
Cotação: Péssimo
sábado, 8 de setembro de 2007
A volta do Todo Poderoso
A volta do Todo Poderoso (Evan Almighty), 2007. De Tom Shadyac
Não podemos cobrar verossimilhança de um filme no qual um dos personagens é o próprio Deus (Morgan Freeman). Aqui, não um “Todo Poderoso” irreverente como Alanis Morissete em Dogma (1999), mas um chato de garrocha, que insiste em fazer as coisas a sua maneira...
Sim, claro. Ele é Deus né? Faz as coisas da maneira que bem entender... Deus é brasileiro (2003), com Antônio Fagundes, já havia nos ensinado essa lição da pior maneira possível. Mas esse trabalho de Tom Shadyac (quem?) é um filme tedioso, com um humor insosso e interpretações bem descuidadas.
O filme é sobre Evan Baxter (Steve Carrel), um jornalista que foi eleito congressista. Entusiasmado com sua ascensão profissional, ele se muda para uma nova cidade, mas esquece das “coisas que realmente valem a pena”. LEIA-SE: a família, sim mais uma vez a família... a relação com os fedelhos e a Dona Maria...
Pois é, mas nesse meio tempo, Deus surge e diz: “Constrói uma arca aí Evan Noé, que nos vamos colocar um casal de cada espécie, porque eu tô a fim de dar uma descarga geral na terra. ”
Evan deveria ter dito: “Hum, um casal de cada espécie? Vai caber?” Mas ele se restringe a dar gritinhos: de dor, de susto, de espanto e de resignação. Steve Carrel se comporta como um careteiro típico. A clássica síndrome de ”mamãe quero ser Jim Carrey”.
Esse é um filme que tem potencial para os neo-pentecostais. É pedagógico, é didático. Devemos escutar a voz de Deus, ignorar a razão e esperar pelos milagres, pois é assim que haveremos de mudar o mundo.
Deus não está morto, ele só estava em um coma profundo. Diriam os neo-nietzscheneanos.
É previsível, você antecipa todos os atos. Baxter não liga para a família; Deus o solicita a construção de uma arca, seus filhos passam a ajudá-lo, estreitando os laços paternos. O nosso congressista carpinteiro passa a ser considerado como louco, todos riem dele – mas ele permanece firme na palavra do senhor (aleluia irmãos!) e vai pregando madeira por madeira. Ao final: família unida, arca construída: missão cristã cumprida!!
“Como conseguiram construir aquele enorme barco em tão pouco tempo”? Inquiriria um cético.
Que pergunta idiota! Esses hereges... Deus ajudou! Isso é obvio né?
“Me esqueci! Ih, foi mal. ”
Alguns espectadores devem achar engraçado um homem contemporâneo com barbas grandes e túnicas rústicas... pois Deus obrigou Baxter a trocar seus refinados ternos por esse look beatnik maltrapilho .
Previsível, tedioso e medíocre. Nem o “Todo Poderoso” escapou do esquemão Hollywoodiano
Graças e louvado seja Deus que sou ateu – máximo ateu.
Pois desse modo o filme arranhou só a minha sensibilidade estética e cinematográfica – minhas convicções religiosas não foram agredidas (pois eu não as tenho).
Obrigado meu Deus. Obrigado All Mighty. Obrigado Morgan Freeman.
Cotação: Péssimo
Não podemos cobrar verossimilhança de um filme no qual um dos personagens é o próprio Deus (Morgan Freeman). Aqui, não um “Todo Poderoso” irreverente como Alanis Morissete em Dogma (1999), mas um chato de garrocha, que insiste em fazer as coisas a sua maneira...
Sim, claro. Ele é Deus né? Faz as coisas da maneira que bem entender... Deus é brasileiro (2003), com Antônio Fagundes, já havia nos ensinado essa lição da pior maneira possível. Mas esse trabalho de Tom Shadyac (quem?) é um filme tedioso, com um humor insosso e interpretações bem descuidadas.
O filme é sobre Evan Baxter (Steve Carrel), um jornalista que foi eleito congressista. Entusiasmado com sua ascensão profissional, ele se muda para uma nova cidade, mas esquece das “coisas que realmente valem a pena”. LEIA-SE: a família, sim mais uma vez a família... a relação com os fedelhos e a Dona Maria...
Pois é, mas nesse meio tempo, Deus surge e diz: “Constrói uma arca aí Evan Noé, que nos vamos colocar um casal de cada espécie, porque eu tô a fim de dar uma descarga geral na terra. ”
Evan deveria ter dito: “Hum, um casal de cada espécie? Vai caber?” Mas ele se restringe a dar gritinhos: de dor, de susto, de espanto e de resignação. Steve Carrel se comporta como um careteiro típico. A clássica síndrome de ”mamãe quero ser Jim Carrey”.
Esse é um filme que tem potencial para os neo-pentecostais. É pedagógico, é didático. Devemos escutar a voz de Deus, ignorar a razão e esperar pelos milagres, pois é assim que haveremos de mudar o mundo.
Deus não está morto, ele só estava em um coma profundo. Diriam os neo-nietzscheneanos.
É previsível, você antecipa todos os atos. Baxter não liga para a família; Deus o solicita a construção de uma arca, seus filhos passam a ajudá-lo, estreitando os laços paternos. O nosso congressista carpinteiro passa a ser considerado como louco, todos riem dele – mas ele permanece firme na palavra do senhor (aleluia irmãos!) e vai pregando madeira por madeira. Ao final: família unida, arca construída: missão cristã cumprida!!
“Como conseguiram construir aquele enorme barco em tão pouco tempo”? Inquiriria um cético.
Que pergunta idiota! Esses hereges... Deus ajudou! Isso é obvio né?
“Me esqueci! Ih, foi mal. ”
Alguns espectadores devem achar engraçado um homem contemporâneo com barbas grandes e túnicas rústicas... pois Deus obrigou Baxter a trocar seus refinados ternos por esse look beatnik maltrapilho .
Previsível, tedioso e medíocre. Nem o “Todo Poderoso” escapou do esquemão Hollywoodiano
Graças e louvado seja Deus que sou ateu – máximo ateu.
Pois desse modo o filme arranhou só a minha sensibilidade estética e cinematográfica – minhas convicções religiosas não foram agredidas (pois eu não as tenho).
Obrigado meu Deus. Obrigado All Mighty. Obrigado Morgan Freeman.
Cotação: Péssimo
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